![]() AUSÊNCIA
Da janela do meu apartamento vejo! O que vejo? O céu cinzento como bronze, casas, árvores verdes, ruas e gente, pouca gente! O que mais vejo? Vejo um homem! Sim, e o que mais, vejo um homem! Como assim um homem? Um homem sozinho, que não sente a solidão, Um homem rodeado de gente, que se sente só, um homem triste, Com grande sorriso, e ainda espalhando alegria e esperança, Para seres com menos problemas que ele, para seres, com mais problemas que ele. Se ouvir-lhe, certamente será uma palavra de conforto, de ânimo, de coragem, Se olhares em seus olhos verá um homem, Um “poderoso” homem, vindo de uma batalha, entrando numa guerra, Afinal o que é guerra para ele? É a vida dele! É a própria existência dele! Homem de dores, de luta, de lágrimas, de derrotas e vitórias De coragem e medo! Não sonha, mas, têm o maior de todos os sonhos, Não acredita, mas confia, senti como um vivo, mas, acha que já está morto. Ali está o homem, na janela do seu apartamento, Não vê nada, somente o invisível! Não senti nada, somente o abstrato, Acha que não é ninguém, mas, centenas o admiram! Ali está o homem! Sozinho, sombrio, dormindo, sonhando, Vivendo, morrendo, amando, temendo, É prisioneiro livre, é homem, é “servo”, é senhor! É ninguém! Cadê o homem da janela? ELE NUNCA ESTÁ LÁ! gugapimenta
Enviado por gugapimenta em 04/05/2011
Alterado em 28/03/2015 Comentários
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